JARDIM DOS BUXOS

Ralph Ellison Luís, Guardião do Jardim dos Buxos

Ralph Ellison Luís, Guardião do Jardim dos Buxos

quinta-feira, 27 de agosto de 2009


Bom Dia, Ema.-.


Hoje vou falar-te de outra história verdadeira.


Era uma vez uma abelha que vivia sozinha e queria muito ter bebés. Não sei a razão pela qual, um dia, ela resolveu construir uma casa perto da minha. Nem nunca soube o seu nome. Por isso passei a chamá-la Amiga Brigitte. Penso que ela gostou porque todos os dias vinha falar com as flores do meu terraço e voava à minha volta muito contente. Um dia, tinha eu um lenço ao redor do pescoço, a abelhinha poisou na ponta do lenço e ficou aí muito quietinha.Mas o mais curioso foi quando levantou voo em direcção a uma rosa-da-china. Muito de mansinho fui espreitar e vi por baixo dum ramo uma casinha espantosa, parecia um pequeno ovo com várias aberturas. Em cada uma delas estava um bebé parecido com ela. E como ela cuidava tão bem dos seus lindos meninos. Era uma verdadeira azáfama a levar-lhes mel, a embalá-los com canções de pólen e vento, a aconchegá-los com papel de seda de várias cores.

Os meninos cresceram e foram para a escola aprender todos os segredos das abelhas. E assim, ficaram a saber que a casinha, onde viviam, se chamava colmeia. E na escola fizeram tantos amigos, conheceram libelinhas, joaninhas, borboletas e beija-flores.


E foram felizes para sempre? Tenho a certeza que sim.


Um beijinho e ri-te muito

Isabel

LINK: CLICAR EM EMA, ABAIXO


Bom Dia, Ema.-.


Trago comigo um conto escrito numa carta que encontrei num sótão, juntamente com a fotografia de uma menina sentada numa cadeira vermelha. Conta quem o escreveu que uma cadeira vermelha e pintada com malmequeres, muito pequenina, tinha vivido num jardim, onde uma menina se sentava e lia poemas às flores dos canteiros. A menina cresceu e a cadeira ficou escondida durante muito tempo nesse jardim, sem que ninguém se lembrasse mais dela. Veio a chuva, veio a neve, o calor seguiu-se e assim por muitos anos. Um dia, porém, passou por ali um gato amarelo, de pelo macio e olhos verdes que gostava de dormir nas tardes de sol e no meio das flores. Quando adormeceu ouviu uma vozinha dizer-lhe, com muito carinho:

- Amigo gato, vem dormir no meu colo, enrosca-te e faz-me companhia.O gato amarelo já nem sabia se estava a sonhar ou se estava acordado. Esfregou os olhos e olhou à volta. Uma flor chamada girassol disse-lhe:

- Ali, gato amarelo, ali no meio das rosas está uma cadeira que chama por ti.

Os gatos são muito curiosos e levantou-se para espreitar. Primeiro alisou os bigodes, depois muito devagarinho embrenhou-se no roseiral e viu uma cadeira quase sem cor e com os malmequeres todos murchos. Ficou a pensar, enquanto com a patinha lavava o focinho, porque é assim que os gatos pensam.

De repente, deu um salto e sentou-se na cadeira, dizendo:
- Meninas flores, agora sou eu que, doravante, me vou sentar nesta cadeira e ler poemas para vos fazer sorrir e dançar. Mas preciso da vossa ajuda, pois esta cadeira está a precisar de ser, novamente, bonita e colorida como era antigamente.

E todas as flores se reuniram à volta da cadeira, oferecendo, cada uma delas, uma pétala que o gato amarelo, com muita perícia, ia pintando no assento e nas costas da sua amiga cadeira. Depois, foi a vez das rosas, com as pétalas vermelhas pintou, pintou até que o fundo voltou a ter de novo a cor do sol.

E foi assim que no jardim, onde vivia esta cadeira, o sol veio todos os dias dançar de mãos dadas com as flores, enquanto o gato amarelo lia poemas sentado na cadeira vermelha de malmequeres. E também foi assim que os malmequeres se transformaram em bem-me-queres.

A história não acaba aqui, há quem diga que naquele jardim e durante a noite as estrelas venham embalar a cadeira, onde dorme o gato amarelo. E aos bem-me-queres deixa um pó fino chamado pólen e às rosas lhes deixe farrapinhos de veludo para as proteger do frio.Até a neve e a chuva se transformaram em flocos de algodão doce e ali, naquele lugar de sonhos e poesia, nunca mais ninguém ficou triste.

Se um dia vires um gato amarelo podes ter a certeza que ele sabe ler poesia como ninguém.

Beijinhos e ri-te muito, COMO ESTES AGAPANTOS:)))

Isabel
Olá, Ema.-.

VIVA, MUITOS VIVAS À PRIMAVERA!


Palminhas,
palminhas no ar e a saia de roda sempre a girar
Palminhas,
palminhas no ar e os pés da menina a dançar, a dançar.
******
Pelas colinas correm cascatas/Tal me dizem das suas cores/Um Jardim de estrelas_ardentes/ Onde na encosta a luz da_penumbra/Perfuma as nuvens indolentes/E a Primavera de flores_as deslumbra.

Beijito primaveril e obrigada, Ema

Isabel

******


LENGA-LENGA DOCE


Bonifácio Licurgo,

Bonifácio Laçarote,

calça 49,

tem patas grandes,

usa botas de vaqueiro

e um par de chancas.

Bonifácio Licurgo,

-Marquês de Carabás,

corre, corre

e nem olhes para trás!

Bonifácio Laçarote

dá ao rabo

quando com ele falo.

-"Um Dois Três

Era um gato maltês

que comia leite-creme

e falava francês.

Um gato branco era

e branco

da cor da neve.

Dançava

nas pontinhas

das patas,

mais leve

do que uma peninha.

E ao dançar

os bigodes tremiam

e num rodopio

sobre o rabo,

os seus lábios sorriam"

Beijito

Isabel

EMA

OLÁ, EMA.-.

Havia numa aldeia uma menina chamada Margarida. A menina tinha olhos azuis e cabelos loiros. Vivia numa casa, onde à volta tinha uma horta e um pomar. Um dia, a Margarida trepou a um damasqueiro e, sentada num dos ramos, comeu muitos damascos. À medida que ia comendo atirava os caroços para o chão. Entretanto, passou por ali um melro muito preto e muito esbelto. Cansado de tanto voar abrigou-se, do calor da tarde, debaixo da árvore, onde a Margarida se sentava.Estava ele a cochilar, entre as ervas que rodeavam o damasqueiro, quando acordou assarapantado e meio atordoado. Mas que teria caído no seu cocoruto para acordar assim de repente? Sim, não havia dúvida que tinha caído um caroço mesmo em cima da sua cabeça. Pensou ele que no céu devia haver uma grande festa, em que todos deviam estar a comer damascos, gelados, chocolates, brigadeiros, sonhos doces, manjar branco e pudim de tapioca. E logo agora, que sentia fome, vinha a calhar comer todos aqueles acepipes. " Ai, pensou ele, cresce-me água na boca!"Quando ia levantar voo, eis que leva com outro caroço no alto da cabeça. " Mas que falta de respeito, gritou o melro". A Margarida, que nem tinha dado conta da presença do melro, ouviu aquela voz indignada e olhou para baixo. Foi quando viu o pobrezinho do pássaro tão tonto que nem se aguentava nas pernas. Muito aflita desceu da árvore e ajudou o melro a sentar-se num banco do caramanchão. Nem ele sabia que no caramanchão vivia uma tulipa muito sozinha e triste.

Sentados no banco, a menina e o melro começaram a falar e ele disse-lhe chamar-se Abelardo. Depois contou-lhe a sua história. Tinha saído de casa dos pais muito novinho, era o filho do Rei da Abelardónia. Os pais do Abelardo queriam muito encontrar uma filha que já não viam há muito tempo. Como bom filho que era decidiu ir procurar a irmã. E eis senão quando, se sentiu um aroma que se espalhou pelo ar. Abelardo reconheceu de imediato o perfume da irmã.

-Margarida, perguntou ele à menina, por acaso já viste uma tulipa amarela passear pelo pomar?
A Margarida conhecia muito bem uma tulipa que usava sapatinhos de princesa e diadema. Não sabia é que era uma princesa a sério. Eram muito amigas e a Tulipa vivia muito triste porque já se esquecera do caminho de regresso a casa. O reino da Abelardónia ficava muito distante dali e a Margarida só conhecia a horta e o pomar.Muito contente a menina abraçou o melro e disse-lhe:

-Abelardo, meu príncipe, eu sou a melhor amiga da Tulipa. Que feliz ela vai ficar quando te vir.

E assim foi, a linda Tulipa chorava de felicidade abraçada ao seu irmão melro.Claro que esta história só termina no dia em que no Reino da Abelardónia, Abelardo se casar com a boa Margarida. Pois é, o melro gostou tanto da menina que, quando levou a sua irmã Tulipa de regresso ao palácio, ofereceu um lindo anel de noivado àquela que tinha sido tão amiga da princesa Tulipa.

Dali a um ano foram celebradas as bodas do melro Abelardo e da menina Margarida. E quem foi a madrinha de casamento? A princesa Tulipa!Nesse dia, o céu desceu à Terra e todo o povo do reino da Abelardónia comeu os melhores manjares, que só aos deuses era permitido, gelados de corintos, pudim de tapioca com canela e perfume de alecrim, brigadeiros embrulhados em finas sedas e com colares de pérolas, arroz-doce com aroma de figos, tremoços de cristal e tantas coisas boas que só de olhar todo o mundo parecia um lugar encantado.

E o perfume da Tulipa espalhou-se por toda a terra, entrou nas nuvens, caíu em forma de chuva e misturou-se com o odor da erva.Por isso as tulipas deixaram de ser perfumadas e encantam-nos apenas com a sua beleza e cor.

Ah, ia esquecendo, o melro e a menina foram tão felizes que quando se vê um melro de bico amarelo é o Abelardo beijando os olhos da sua linda e boa Margarida,


E beijito,

Isabel

Olá, Ema.-.

Hoje trago-te uma joaninha para brincares.

Uma Joaninha voou
Uma Rã coachou
Uma Folha sorriu
E o Sol descobriu
Voa, voa Joaninha
Tão linda à luz da tarde
Na mão da Ema se aninha
E nela tece a saudade
Volta, volta Joaninha
De tão longe ela chegou
Quando um melro ao céu subiu
E uma brisa nela soprou.

Beijito,
Isabel

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Correspondência com uma Criança: Ema

EMA.-.

D' you like flowers
laying under sparkling stars?
I do so,
even when night is so cold,
and when the wind claims
for us to be afraid of,
sounding through the chimney.
O! But is
a beautiful music
to our ears.
D'you like rain?
Beating the glass
of your room window?
Don't be afraid,'cause out there
the flowers sleep so well,
and the stars are twinkling
with innocent eyes,
just like yours,
lighting every dream,
smiling in sunny days.

Artista Maldito


No seu fato engalanado
E de botões alinhados
Um brigadeiro se fez ao mar
Em chocolate e em raspa
Se rebolou e soçobrou
E de mão em mão passou
Logo sua cor mudou
De um azul marinho
Para um profundo castanho
Tão profundo quanto o olhar
De uma sereia valsando
Em lua-cheia-água-rosmaninho
Noite lua
Noite mar
Noite brigadeiro
Magia em pedacinhos de lua
Azul pousado num ninho
Castanho nas folhas e nos pardais
Imagem do mundo a saltar
De um brigadeiro feito ao mar
Dia Sol
Dia terra
Dia Bom

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Correspondência com uma criança: Ema


Dodeedo
What should I do?
Dancing and singing
On my pink cat´s nose
With a blue leaf
For a sniff,
snoof, snoof
Atchung, atchung
-Indeed!Dodeedo
Let's chewing
While´s sleeping

******
DODEEDO!

******
There was a bell
Under a branch of a tree
There was a wonderful smell
Above the house of a bee
And pourr, pourr
Said a little cat
When her mother
Gave him a rat
This is a bell
This is a smell
That is a shell
Where I put a squirrel
Here you have
A nice bag
Where to put
Your beautiful book.

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